Dia Internacional do Cão – A Laika

Laica no Monumento aos Conquistadores do Cosmos (Moscovo)

No dia Internacional do Cão não poderia deixar de recordar a Laika (na figura À esquerda, retirada da Wikipedia), uma cadela de rua nascida em 1954 que viria a ser o primeiro animal a completar uma órbita ao planeta Terra em 1957 a bordo da Sputnik 2.

Sobre a Laika não há nada de novo que possa acrescentar. As verdadeiras causas da sua morte foram tornadas públicas em 2002 – sobreaquecimento, possivelmente causado por uma falha técnica que impediu a separação de componentes da nave.

Nos anos seguintes à missão da Laika mais 4 cães viriam a morrer no âmbito do programa espacial soviético, por causas diferentes.

A morte de Laika levou ao surgimento (ou pelo menos fortalecimento) de um debate internacional sobre os direitos dos animais. Aliás, debate que dura até hoje e sobre o qual haverá ainda um longo caminho a fazer. A este respeito Oleg Gazenko, um dos cientistas responsáveis pelo envio da Laika para o espaço, afirmou em 1998:

“Work with animals is a source of suffering to all of us. We treat them like babies who cannot speak. The more time passes, the more I’m sorry about it. We shouldn’t have done it… We did not learn enough from this mission to justify the death of the dog”.

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PROMOÇÃO DO PENSAMENTO CRÍTICO NOS PRIMEIROS ANOS DE ESCOLARIDADE – PORQUÊ?

Admitindo que “o objetivo primeiro da escola e talvez o mais singular é o de promover o desenvolvimento intelectual dos alunos ensinando-os a pensar, crítica e criativamente, para que aprendam eficazmente a tomar decisões face a problemas que os confrontam” (Valente, 1989, p. 41), torna-se imperioso repensar as metodologias didáticas. Aliando a este facto o da sociedade ocidental de hoje apresentar-se em constante mudança, torna-se impossível ter acesso e dominar todo o conhecimento, ou mesmo realizar uma previsão dos que serão úteis no futuro (Tenreiro-Vieira, 2001). Nesse sentido, urge preparar os alunos “para lidar, nos diferentes contextos profissionais, com as novas exigências da sociedade” (Figueiroa, 2014, p.266), assim como dota-los de ferramentas que, devidamente mobilizadas, possam ajudar a ultrapassar dificuldades que o futuro (inevitavelmente) lhes colocará.

Vieira (2003, parafraseando Tenreiro-Vieira, 2001) refere mesmo que “nunca antes houve tanta necessidade de preparar os alunos para enfrentarem o fluxo dinâmico e imprevisível da desatualização de conhecimentos científicos e técnicos” (p. 7).

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UM POUCO DA VIDA DE JOSÉ ANASTÁCIO DA CUNHA

A informação veiculada na literatura de especialidade e em outras fontes sobre José Anastácio da Cunha não é totalmente coerente, havendo discrepâncias entre algumas e pouca precisão noutras, nomeadamente na datação. Apesar dessas inconsistências, pode apurar-se que nasceu a 11 de Maio de 1744 no seio de uma família humilde: o pai Lourenço da Cunha era pintor e a mãe Jacinta Inês era criada.

Segundo Queiró (1994), Anastácio da Cunha usufruiu de educação basilar na Congregação do Oratório na Casa das Necessidades em Lisboa que, à época, desenvolvia uma “notável e inovadora ação pedagógica”(p.1), tendo o próprio revelado que aí estudara “Gramática, Retórica e Lógica” e “Física e Matemática por sua curiosidade e sem mestre” (p.1). No ano de 1762 aceitou o lugar de tenente no Regimento de Artilharia do Porto (estacionado em Valença do Minho), o que – aliás – viria a ser determinante para a sua vida, ao permitir-lhe contactar com a cultura protestante e com ideias iluministas – anos mais tarde, a principal acusação por parte da Inquisição. Na altura, a organização nacional do Exército era da responsabilidade do Conde alemão Lippe e, em conformidade com Teixeira (1990), chegara até a haver incidentes entre o português e o alemão.

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