Pela primeira vez a China lidera o ranking de produção científica mundial com pouco mais de 788 mil artigos em 2020, destronando assim o os EUA (Estados Unidos da América), que no mesmo ano produziram cerca de 767 mil artigos. O pódio é fechado com o Reino Unido que totalizou 249 408 artigos científicos.
Conforme mencionado no Folha de São Paulo, este aumento da produção científica da China deve-se, por um lado, a uma política nacional de incentivo ao Ensino Superior e à Investigação e por outro a políticas de promoção e avaliação da carreira científica, que muitas vezes promovem o aumento do salário com base na produção.
Neste registo da Scimago, o ano de 2020 fica também marcado pela ascensão da Índia (217 771 artigos) ao 4.º lugar, remetendo assim a Alemanha para o 5.º (216 474 artigos).
Portugal surge em 28.º com 33502 artigos científicos publicados. Este resultado revela um aumento extraordinário em 20 anos, isto porque no ano 2001 foram produzidos apenas 5053 artigos científicos e no mesmo ranking Portugal apresentava-se em 37.º lugar. Para esta evolução não se pode ignorar, por um lado, o aumento de doutorados, mas também uma política de avaliação de professores e investigadores assente no número de publicações.
Outro dado interessante é que se somarmos a produção científica dos países da União Europeia (já sem o Reino Unido), esta ocuparia o primeiro lugar.
Refira-se que estes dados são apenas um indicador, pois para o uma análise profunda sobre o estado da ciência em cada país/região seria necessário considerar o número de habitantes, número de universidades, número de doutorados, orçamentos, qualidade dos artigos científicos, etc…
Para o acesso aos dados aceda a https://www.scimagojr.com/countryrank.php?year=2020