Partilho esta fábula criada, num exercício colaborativo, pela turma do 5.ºB (do ano letivo 2013/14) no Colégio D. José I, alunos que tive o gosto de lecionar e com os quais muito aprendi. Quanto à fábula, como em todas, a mensagem mantém-se atual.
O corvo e a raposa
O corvo estava pousado no ramo de uma árvore, junto ao seu ninho, a pentear as suas belas penas negras.
A raposa, que por ali passava, viu que dentro do ninho havia muito açúcar.
Olhando para o corvo disse:
– Tu até tens umas penas bonitas e cantas muito bem!
-Eu sei – disse o corvo muito convencido de si – não conheço ave melhor do que eu.
-Talvez, mas nunca te vi dançar, e conheço delas que dançam muito bem.
O corvo abrindo as asas, começou a dançar.
– Afinal, até danças bem, mas vi o melro a dançar e ele fá-lo de olhos fechados e a saltar – disse a raposa com ar de pouco espanto.
O corvo, que não gostava de ficar atrás de ninguém, fechou os olhos e dançou ainda mais.
Enquanto o corvo dançava de olhos fechados, a raposa foi-se embora com o açúcar que havia tombado para o chão.
Quando abriu os olhos, não havia nem ninho, nem açúcar, e da raposa, apenas pegadas e o riso, ao longe.
Nunca te deixes iludir pelos elogios.
Escrito pelo 5.º B a 11 de dezembro de 2013