Andava em pesquisa sobre o 31 de janeiro de 1891 e acabei por encontrar o livro “A Revolução Portugueza – O 31 de janeiro” de Jorge d’Abreu (1878-1932), publicado em 1912, cuja leitura recomendo. Tratando-se de um livro publicado em 1912 está já “aberto” pelo que está disponível em várias plataformas, deixo aqui o acesso ao mesmo na plataforma do projeto Gutenberg – https://www.gutenberg.org/files/29484/29484-h/29484-h.htm.
O autor (Jorge d’Abreu) foi um jornalista que se identificava com a causa Republicana, podem consultar a página na Wikipedia para saber um pouco mais sobre o mesmo: https://pt.wikipedia.org/wiki/Jorge_de_Abreu. Alem deste livro publicou dois anos antes da sua morte o “Bohemias Jornalisticas”[1].
No entanto, o que me fez avançar com a leitura desta descoberta do acaso foi precisamente a forma como o autor decidiu começar a sua obra. Ou seja, com a referência das palavras que um soldado envolvido na revolta proferiu ao presidente do tribunal de guerra, no ato do julgamento e que aqui transcrevo:
“… Eu, meu senhor, não sei o que é a Republica, mas não póde deixar de ser uma cousa santa. Nunca na egreja sentí um calafrio assim. Perdí a cabeça então, como os outros todos. Todos a perdemos. Atirámos então as barretinas ao ar. Gritámos então todos: —Viva! viva, viva a Republica!…”
Continuar a ler A Revolução Portugueza – O 31 de janeiro (livro de 1912)