2020 – Um apelo pelos esquecidos do sistema…

(Artigo orginalmente publicado no Diário da Feira a 5 de junho de 2020.)

É certo e sabido que há, em praticamente todas as áreas de ação, uma discrepância entre as políticas públicas e a correspondência com a realidade da sua aplicação. Daí que o papel dos agentes políticos é (ou deveria ser) fundamental para aproximar as duas realidades, de forma a servir uma sociedade na sua plenitude mais ampla e criando as devidas exceções de forma a surgir as tão afamadas igualdade e equidade.  

No entanto, o sistema não está “oleado” e há interesses não conducentes com os da maioria que tendem a introduzir areias nas engrenagens das políticas públicas. Neste texto refiro-me em particular às políticas relativas aos acidentes de trabalho e às doenças profissionais.

Porém, dado os números que vão sendo publicados, esperava-se uma maior atenção a estas problemáticas. Ora veja-se! De acordo com os dados conhecidos, entre 2010 e 2014, segundo o Gabinete de Estratégia e Planeamento do então Ministério do Trabalho e Solidariedade Social, registaram-se em Portugal 1.017.552 acidentes de trabalho, dos quais resultaram 899 mortes, tendo-se perdido mais de 27 milhões de dias de trabalho. Por outro lado, somente em 2018 morreram 156 trabalhadores vítimas de acidentes laborais, dos quais 7 no distrito de Aveiro. 

Estes números colocam Portugal no topo da União Europeia em matéria de acidentes nos locais de trabalho. Importa não esquecer que estes valores representam apenas parte de uma realidade bem mais grave que afeta milhares de famílias. 

Continuar a ler 2020 – Um apelo pelos esquecidos do sistema…

O flautista ameaça a liberdade

Já todos se aperceberam que o Facebook não é uma rede social, mas sim uma rede global de recolha de dados que são utilizados para os mais diversos fins, inclusivamente como ameaça à Democracia.

Hoje, o Facebook tem a capacidade de saber mais sobre os seus utilizadores do que eles próprios. Estando esta teia ainda em expansão com aquisição de novas “redes sociais” e o investimento noutras áreas que permitirá o acesso a muito mais dados e a uma população mais alargada.

Este conhecimento adquirido e acumulado ao longo de anos é comumente vendido a terceiros que o têm usado a seu bel-prazer para as mais diferentes atividades, como publicidade direcionada ou para influenciar resultados eleitorais como no Brexit ou nas últimas eleições presidenciais norte-americanas, entre outras.

Continuar a ler O flautista ameaça a liberdade

Uma boa surpresa com o robô Ozobot Evo

(Este texto foi publicado originalmente no blogue do Centro da Criança em dezembro de 2019. Está disponível em: https://www.centrodacrianca.pt/post/robo-ozobot-evo)

Quem se move nas lides da iniciação à programação e robótica nos primeiros anos de escolaridade, certamente já se cruzou em algum momento, com os robôs Ozobot, fabricados pela norte-americana Evollve. Se está a entrar no mundo da iniciação à programação, então este artigo é para si.

A característica que rapidamente sobressai é o tamanho do corpo do robô. O seu diâmetro é pouco maior do que uma moeda de dois euros. No entanto, não se deixem enganar pelas reduzidas dimensões. O tamanho é compensado em horas de diversão.

Continuar a ler Uma boa surpresa com o robô Ozobot Evo