(Originalmente publicado no Jornal N de 28 de setembro de 2020)
Num momento em que tanto se fala sobre o crescimento dos extremismos, nomeadamente da extrema-direita, seria de esperar que se reforçassem os pilares da Democracia. No entanto, não se tem verificado o reforço destes pilares, assim como não se têm efetuado as reformas necessárias. A acrescentar, tem-se verificado que muitos partidos e figuras de relevo têm cedido ao populismo barato e demagogo que apenas contribuiu para a ridicularização da política.
Relativamente à ridicularização política, importa salientar que esta é perseguida religiosamente por uma parte da comunicação social nacional que tende a dar destaque ao circo que se faz em torno da política (geralmente com intenção de desviar as atenções) e não ao que realmente interessa. Chegando-se ao cúmulo de o tema político principal do dia ser o vestuário de deputados ou assessores, conforme se verificou no passado.
Voltando à Democracia, não se pode olvidar que um dos pilares que a sustenta é o envolvimento dos cidadãos na política, caso contrário esta pode tornar-se uma atividade de elite com interesses não condizentes com as reais necessidades das populações, levando a que surjam as democracias de fachada.
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