Aisoy, o robô simpático

(Artigo originalmente publicado em 2016)

Que os robôs têm um efeito positivo na motivação das crianças para a aprendizagem, não é um dado desconhecido,  como não é desconhecido o seu potencial para o ensino da programação.

No entanto, relativamente a emoções, sentimentos e valores já não é tão claro o seu potencial ou pelo menos não era, até conhecermos o Aisoy.

Este simpático robô, que figura na fotografia, foi criado pelos espanhóis da AIsoy, é possível programa-lo com Scratch e pode aprender com base em interações, reconhecer faces, tomar decisões e dialogar com pessoas autonomamente.

Apresenta-se ao mercado como um robô educativo e emocional, todavia as suas potencialidades são praticamente incalculáveis.

O Aisoy é o parceiro ideal de qualquer professor, permite uma abordagem simpática a praticamente todos os temas, sejam eles complexos como a inteligência artificial ou mesmo os mais sensíveis como o bullying ou a morte que muitos docentes não se sentem especialmente à vontade para abordar. É uma excelente ferramenta potenciadora de debate e de criatividade.

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ADOLESCENTES – DEPRESSÃO E USO DE SMARTPHONES – ESTUDO

Um estudo publicado no final de 2017 na revista Clinical Psychological Science  da autoria de Jean M. TwengeThomas E. JoinerMegan L. Rogers e de Gabrielle N. Martin revela que o número de adolescentes americanos com depressão tem estado a aumentar desde 2012, relacionando este facto com o uso de smartphones por esta faixa etária.

O estudo revela que os adolescentes que passam mais tempo nas redes sociais e a utilizar equipamentos digitais revelam mais problemas mentais, enquanto que adolescentes que passam mais tempo em atividades “nonscreen” revelam menos tendência para este tipo de problemas.

Para aceder ao estudo e ter acesso a todos os detalhes da investigação e seus resultados, siga o endereço: http://journals.sagepub.com/doi/full/10.1177/2167702617723376

Como ficam as crianças no meio disto tudo?

(Artigo originalmente publicado em Diário da Feira a 17 de julho de 2020)

Foi recentemente publicado um relatório, feito em parceria pela UNICEF e pela UNESCO, sobre prevenção da violência contra crianças. Neste relatório, que contemplou a análise à realidade de 155 países, conclui-se que 88% dos países envolvidos tem leis para a proteção das crianças, no entanto mais de metade destes não as consegue implementar na realidade devido à falta de meios de diversas naturezas.

Setenta e um anos após a Declaração Universal dos Direitos Humanos e 61 anos após a Declaração dos Direitos da Criança (que seria sucedida pela Convenção internacional sobre os direitos da criança, ratificada em 1989 pela ONU) não deveria ser expectável que persistisse a violência, exploração e abuso de crianças, pelo menos, nas atuais dimensões e em países ditos desenvolvidos. No entanto, ao longo das décadas foi-se percebendo que esta realidade se iria cristalizar por muito tempo, até porque a sua evolução não é linear, devido a crises de diferentes ordens, ao crescimento populacional e à assimetria no acesso aos recursos.

A falta de interesse e empenho na resolução dos problemas das crianças, não somente como forma de solucionar problemas de futuros adultos, mas de salvar humanos e a infância destes, é algo crónico. Veja-se, a título de exemplo, o que aconteceu com a crise de 2007/8, em que as crianças foram as maiores vítimas.

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