O Dilema das Redes Sociais – o documentário

Imagem Netflix

A Netflix lançou hoje (9 de setembro de 2020) um documentário intitulado “O Dilema das Redes Sociais” que ao longo de cerca de uma hora e trinta minutos nos vai mostrando como as “redes sociais” evoluíram de algo que, à partida, seria positivo para algo que tem contribuído, à escala global, para, entre outros, a polarização das opiniões e comportamentos.

No decorrer do documentário vão surgindo diversos protagonistas que em determinado momento das suas vidas tiveram um papel fundamental na construção do que são hoje as diferentes “redes sociais”. Como seja o antigo presidente da Pinterest, da Facebook e também antigos responsáveis da Google. Surgem ainda engenheiros informáticos, designers e investigadores de relevo na área. Ou seja, todo o documentário tem contributos de indivíduos que conhecem o “sistema” por dentro ou que o estudam há vários anos. Aliás, este pode ser mesmo o grande estímulo para ver e rever este filme.

Todo o documentário vai-nos levando por diversas reflexões, mesmo sobre alguns aspetos que parecem óbvios, mas que antes de os vermos verbalizados parecem não figurar no consciente.

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Aprender música com o Chrome Music Lab

(Artigo originalmente publicado no blogue do Centro da Criança)

O Chrome Music Lab chegou até mim por mero acaso quando efetuava uma breve pesquisa sobre ferramentas online para Educação. No entanto, assim que experimentei tive alguma dificuldade em sair do website, dado o conjunto de funcionalidades divertidas e interessantes que este apresenta.

Este website, desenvolvido pela Google, permite aprender música de forma divertida e como os próprios autores afirmam, hands-on, que é como quem diz com as mãos na massa.

O website tem um design simples e atrativo, típico da Google. Além do descrito, presenteia-nos com outros aspetos positivos: a gratuitidade do serviço, a possibilidade de ser usado em todos os dispositivos (incluindo tablets e telemóveis) e o facto de ser de código aberto, permitindo a sua utilização no desenvolvimento de outros recursos digitais.

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Homenagear os portugueses que morreram na 2.ª Guerra Mundial

(Artigo originalmente publicado no jornal Diário da Feira a 2 de setembro de 2020)

Imagem retirada de newsmuseum.pt

Sempre estranhei o facto de Portugal não celebrar oficialmente o Dia da Vitória (8 de maio e 9 de maio nos países de leste da Europa), o dia em que a Segunda Guerra Mundial terminou na Europa (na Ásia só terminaria oficialmente a 2 de setembro do mesmo ano).

É evidente que no período da ditadura tal seria impensável. Isto porque, apesar da neutralidade assumida e da histórica relação com Inglaterra, não podemos ignorar a proximidade do regime de Salazar com o regime de Hitler. Esta simpatia levou, entre outros, o regime a decretar luto nacional pela morte do “fuhrer” e, antes disso, a vender toneladas de volfrâmio no mercado paralelo aos alemães. Parte deste volfrâmio saía mesmo da nossa região e viria a estar na origem do ouro nazi que iria encher os cofres lusitanos, cuja proveniência e destino se tentou perceber durante anos. 

Ainda a respeito da neutralidade, importa referir que o regime sempre foi jogando para os dois lados, mesmo quando já se tinha conhecimento comprovado do Holocausto. Como provas temos o testemunho de dois fugidos de Auschwitz (Rudolf SVrba e Alfred Wetzler), mas também relatos de movimentos da própria Igreja Católica.

Avançando. Em democracia, não assinalar este dia com as devidas honras de Estado é ignorar as vítimas portuguesas na Segunda Grande Guerra. Na Europa, terão sido várias centenas os portugueses forçados a trabalhar nos campos nazis.

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