Os interessados já se podem inscrever nas duas próximas ações de formação do Centro de Apoio às Escolas!
Robótica Educativa como suporte da Aprendizagem Criativa (332) Formação presencial e online de 50 horas De dia 20 de fevereiro a 6 de abril
Exploração e construção de situações de aprendizagem com recurso à utilização do AppInventor (333) Formação presencial e online de 30 horas De dia 22 de fevereiro a 24 de abril
Na semana passada, tive a oportunidade (e principalmente o gosto) de participar na Conferência anual do ICEM – INTERNATIONAL COUNCIL FOR EDUCATIONAL MEDIA – com duas comunicações: Teachers’ perceptions about IoT technologies in school activities; e OH!Bug: Envolver as crianças na valorização do património natural.
Além das duas apresentações tive a honra de integrar a Comissão Científica do evento que, este ano, decorreu na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Santarém entre os dias 12 e 14 com a temática principal a ser “Moving on towards ‘new normal’ in education“.
A conferência juntou dezenas de professores, investigadores, empresários e outros interessados em tecnologias para a educação e em educação em geral, contando com vários oradores conceituados e representantes da UNESCO.
Após sucessivos atrasos e um parecer da Comissão de Proteção de Dados com algumas críticas, essencialmente no respeitante à possibilidade do comprometimento da privacidade dos utilizadores, foi finalmente disponibilizada a aplicação portuguesa de rastreio à Covid-19, designada por Stayaway Covid. Esta foi desenvolvida pelo INESC TEC em parceria com o Centro Nacional de Cibersegurança, com Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, a Keyruptive e a Ubiridere.
Embora o mote inicial para este artigo seja a aplicação portuguesa, que tem tido ampla divulgação nos media e nos órgãos institucionais públicos, a reflexão que aqui apresento é mais alargada e tentarei não tomar partido, até porque a aplicação é de uso voluntário. Porém, se esta se tornasse de uso obrigatório, aí, tomaria, evidentemente, uma posição, até porque em certos países onde o uso foi generalizado desde o início da pandemia, os resultados foram contraditórios.
Posto isto, apesar das preocupações com a proteção dos dados pessoais do utilizador serem as mais mediáticas, em teoria poderiam ser ultrapassadas. Isto porque a generalidade destas aplicações funciona de forma descentralizada, em que os dispositivos individuais dos utilizadores comunicam por Bluetooth. Ou seja, o utilizador instala a aplicação no seu telemóvel, cria uma conta e liga o Bluetooth. Assim que este passar por outro utilizador da aplicação, os dois telemóveis comunicam entre si e os dados ficam registados apenas nesses dispositivos móveis. Caso um destes utilizadores seja infetado com o vírus, todos os utilizadores que estiveram próximos deste receberão uma mensagem, aquando da entrada dos seus dados na aplicação.